quinta-feira, 30 de janeiro de 2020

Mineirice


                                       http://alessandrafaria.com/wp-content/uploads/2014/02/carnaval-2014-nas-montanhas-de-minas-lavras-novas.jpg


Respira-se cultura
nos quatro cantos
nos acordes
Nas pedras
Paralelepípedos
No sorriso tímido
Desconfiado
Bordado, tecido, vivido
No cheirinho de convite
Do café ou do galinho
No quintal
Couve, cebolinha
Sem limite
Tudo cabe!
No "logo ali"
No dedo de prosa
Do sino pra rezá
"Ora- pro-nobis"
Na roupa na cerca
Guardando suntuosa Fé
No pé-de-moleque no chão
Brinca sem cisma
Pipa colorida
Alça voo
Alma livre
Sonho!

terça-feira, 28 de janeiro de 2020

Enquanto



Enquanto a vida

For assim banalizada

O trabalho desprezado

O saber ignorado

A dor silenciada

A palavra apagada

A fome inaudível

Não se emocione

Com o choro do bebê

Não reclame

Do que você não fizer

Não tenha certeza de onde está

Não sinta dor

Não escreva S.O.S

Não tenha fome!

sábado, 25 de janeiro de 2020

Minha Flor



 Minha flor

veio um pouco atrasada,

porém esplendorosa!

Modesta,

dará sua graça

próxima ao chão!

Nem por isso menos bela!

Meu olhar carinhoso

deixo em versos eternizado!

Ganhou um pedacinho do meu coração

e ela nem sabe!

Bem vinda!

quinta-feira, 23 de janeiro de 2020

Poesia

 



Poesia. Ah, a Poesia!

Maiúsculo por ter personalidade

Individualidade, Profundidade!

Mesmo pequenina, se faz magistral!

No pulsar de seus versos

Acalma e exalta!

Grandiosidade que se sabe semente

Brisa que prenuncia o redemoinho

Que tira para dançar!

Com as mãos toca seu coração,

E furtiva lágrima faz rolar!

segunda-feira, 20 de janeiro de 2020

Vazio


 

Você é oco,

Mas não um violão,

Que canta a alegria

Que és incapaz de sentir!

Respira morte,

E até essa foge de ti!

Anos a fio, sem encanto

Se contentando em existir!

Até que um dia

Sem vida vivida,

Te descartam em algum chão!

Nem as flores estarão presentes

Para chorar sua solidão!

domingo, 19 de janeiro de 2020

Efêmero


 

Onda concêntrica  no lago

Algo que pode resultar em reação descomunal!

Pequeno grão artífice,

E o ranço acumulado

Em mágoa guardado

Em grito liberado

Paz ilusória

Base de uma história

De dores sucumbidas!

Basta o grão iniciar a erupção,

E a paz transformar!

sábado, 4 de janeiro de 2020

O novo laço



Algo pesado no ar.

No horizonte nuvens escuras,

A intimidar

Falas odientas como trovões

A ecoar, e juntos corremos

Para a casa para nos abrigar.

Mas estranha febre também chegara lá!

Não reconhecemos o ninho

Que um dia chamamos "lar"!

Tentamos entender o que acontecia!

Mas a mesma língua deixamos de falar!

Agora ofensas, insultos, mágoas dão lugar...

E o temporal segue lá fora,

Influenciando os ânimos dentro.

Não sei se das almas, da casa, do lugar.

Como se tudo de ruim se solidificasse,

E tomasse todos, respondesse, agisse, reagisse, destruísse!

Não nos reconhecemos, não nos entendemos!

Onde erramos?

A dor se tornou linguagem.

Provoca-la, a intenção.

Não sendo minha, qual a preocupação?

Não enxergo além de mim,

Nenhuma é maior que a minha! Só ouço meu choro! Outra dor, outro choro, de quem? 

Não importa! Não sou Eu!

E mal em gosma se transforma,

Tornando mais repulsiva a existência!

O choro sentido de uma criança,

No canto esquecida nesse horror!

Fecha os olhinhos apertando,

Como se protegesse de ver pavorosa cena!

Gritava por socorro de todos nós!

E o céu chorou!

Uma chuva de banhar, dentro

E fora, lavando a imundície

Que se formou!

O abraço aconteceu!

O perdão brotou!

Por todos os cantos,

O sorriso ecoou!

De mãos dadas,

Vivemos o novo laço!


COLCHA DA VÓ MARIA

Colcha da da Vó Maria DNA parte 2 Somostodos parte de uma Colcha tecida e vivida ao longo dos séculos! O tecelão caprichoso junta Cores, te...