Tua mão segura ansiosa a minha,
Com a urgência de um tesouro...
Teu toque, meu suspiro,
Meu sonho, teu abandono, teu gemido
Mútuo jorro precioso
Nem todos os brilhos do céu
Nem todo o tempo infinito
Me oferece um instante mais bonito
Vivi para te encontrar e você a me esperar
Em tempos nossos, em outros braços
Sem descansar buscamos
Agora, prolongamos o encontro nas palavras
A Vida goteja eterna
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Como almas podres, disformes, fétidas
Podem encontrar quem lhes dê endosso?
Nunca foi segredo os ditadores, cada um a seu molde.
Faziam reféns populações
Condenavam patrícios à degradantes vivências
Quando não brincavam de deus e condenavam não viver...
Qual a diferença se de pé ou tombados? De fome, de tiro, de forca.
Já não estavam vivos!
Nos braços carregaram o Führer, ou o Duti, ou o Generalíssimo,
Braços Nazistas ou Fascistas?
Simplesmente miseráveis humanos antes de monstros
O desespero da fome, pode moldar fortes ou arremedos humanos.
Depende do caráter.
Se não tem caráter, se moldam ao bel-prazer do Führer
Enquanto isso a maldade toma conta de suas vísceras
E aos poucos se desumanizam
Partes caem como com lepra,
O sorriso se torna ausente, inexistente
As mãos, já não afagam, esbofeteiam
O abraço, não aconchega imobiliza
O peito não guarda o coração, aprisiona o morto.
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Um passado que quando foi presente fedia fuligem
Exalava enxofre, habitaria lixões
Almas podres em franca decomposição
E hoje ainda ocupam pedestais erguidos por iguais
Assim homenageados em seus defeitos
Por séculos exalam sua pestilência
Representado sempre pelos mesmos
Banhados pelo mesmo ouro e sangue
Hoje poucos olham e por saberem o conteúdo, tampam o nariz e ignoram.
Agora em dias frios possam ter um verdadeiro préstimo
Em fogueiras para aquecer aqueles que tentaram eliminar.
Apagaremos com cusparadas! Essa memória não é nossa!
Nem o diploma na moldura
Nem o título, "alguém"
Nem o sapato impecável,
O linho, nem o Chanel n°5.
Não importa se o corpo vestido for negro.
Eis aí "O defeito da cor"
Te fará um intruso,
No mundo que não foi feito para te receber.
Por que não está com a bandeja nas mãos
Fazendo mesuras pra brancura do patrão?
Abaixa aí limpando o chão.
O teu lugar é rente onde nunca para o alto possa olhar.
Aí te vejo podendo ostentar Sua Excelência,
Usando o título de doutor, sentando ao lado do patrãozinho,
Teu filho desejando ser PhD em lição que antes era ator.
Ah! Antes que deseje isto, te roubo o diploma, o terno, o perfume!
De suor vai se banhar,
E o único conhecimento que conseguirá é quantas"tarefas" seu dia renderá.
A noite, quando o Amor te fizer rei, condeno teu futuro à servidão.
Você diz NÃO!
Muitos morreram para que eu tivesse meu quinhão nesse injusto chão.
Antes do diploma, na vida me fiz doutor.
Visto meu terno com a dignidade que você nunca usou
Hoje cobro de você o espaço que me usurpou!
Acostume-se como minha presença. Dois astros podem ocupar o mesmo céu!
"Viver é perigoso mas nos permite poetar na beira do precipício."
Luz com o risco de apagar
Mas traz do coração o pulsar
Do sorriso o alimento
Das lágrimas o fermento
Da dor o argumento
Segue
Corre desabalada peraltice
Soma multiplicando aprendizados
Desafia o destino herdado
Se faz caminho
Planta, brota, rebrota
De Amor se engravida
De mãos dadas trilha
Recomeça, novamente aprende
As janelas do olhar se opacam
O vigor já vive
Outro campo, mais batalha
O instinto guia o que a sabedoria moldou
Aros nos olhos
Da lembrança
O coração já não saltita como criança
Já valsa no vento
O amanhã é um presente,
Qual vinho, um cafezinho, um chazinho
Pés quentinhos,
Encantar-se com versos,
Conversa despreocupada,
Porém compromissada
Lá estar enquanto a Vida Perigosa pulsar!
Cansada.
A mesmice diária
A dor antiga sentada ao seu lado no sofá
A sucessão de mesmas notícias e mesmos personagens
Que agudam a dor da saída distante...
Dias têm a mesma cara, o mesmo cheiro e o previsível final.
Amo computação, tanto que me graduei.
Queria conhecer funcionalidades que encantavam!
E sei que podem destruir, desiludir.
Hoje livros mantêm minha sanidade, porém me alertam que a guerra é no campo que estou.
Aí, uma pequena leitura e me recosto para tentar conciliar o sono dessa noite.
Amanhã minha realidade desperta e dá o tom do dia, o Youtube mostra o cardápio
Os mesmos odiosos personagens, motivam indignação e a certeza da luta!
Vai passar! Eu sei que um dia vai passar!
Enquanto isso, comemoro pedaços de felicidade aqui e ali
Fazendo valer a pena!
Talvez ser roído pelo ciúme.
Um afrontoso "selinho",
ou ouvir teu ressonar?
Imaginar a cumplicidade das cobertas,
Ou uma promessa "selada"?
Questione então onde o pensamento estava no beijo selado?
Ou quem habita o sorrir no sonho?
Proponha uma troca:
Sonhe com o "selo"- pense em quem pratica.
Arquivo pessoal Bom dia! Levei um tempo em perceber a importância desse dia! Não a data! A importância por si mesma ve...
