sábado, 29 de junho de 2024

Voando hoje

 

                                                                   https://franciscombarros.blogspot.com/2013/05/voo-de-passarinho.html

Faz mais de dez anos que escrevi voo

De pé a beira do abismo o amor me deixava segura para o salto

Hoje ainda salto, mas não necessito da mão do amor!

Foram tantos voos solo, que cresci asas e ampliei o céu!

Do outro lado do mundo sonhei amar

Já com o pensamento aqui sonhei ouvindo a música do gostar

Mas não era hora de voar!

Em um voo displicente embarquei, acordei antes do sonho em pesadelo transformar.

Voltei na nuvem conhecida a me embalar e musicar.

Mas ainda sim, o peso das malas da vida minha, os acordes abafaram

Por fim, abri as asas que sempre tive e levantei o voo, seguindo a amplidão  do firmamento meu

 Sem os pés presos ao chão, sem buscar a mão de outrem para voar!


sexta-feira, 28 de junho de 2024

Retalhos de vida

 

https://www.google.com/imgres?imgurl=https%3A%2F%2Fs3.amazonaws.com%2Fibc-portal%2Fwp-content%2Fuploads%2F2020%2F11%2F30094416%2Fverdadeiro-sentido-da-vida.jpg&tbnid=d92iER4PNY3_TM&vet=1&imgrefurl=https%3A%2F%2Fwww.ibccoaching.com.br%2Fportal%2Fmotivacao-pessoal%2Fqual-verdadeiro-sentido-da-vida-para-voce%2F&docid=sIuqMusIlNtkaM&w=880&h=300&hl=pt-BR&source=sh%2Fx%2Fim%2Fm1%2F4&kgs=b2c8b9c440d4fe28&shem=abme%2Ctrie

Numa  noite insone assisti a dois vídeos enquanto girava pelo celular. Em um, um ator famoso  conta que sendo preto e pobre, decidiu a lutar por seu sonho. Por um desses acasos, a chance surgiu e ele vive hoje de seu sonho... Já em outro me emocionei.  

Mãe  e filho  estavam  em uma repartição pública e a atendente pediu à  mãe que preenchesse  um formulário e ela relutou. Como era uma  cena de filme, segui esperando o final. O filho olhava silencioso para a mãe. sem se envolver. O drama se desenvolvia no olhar aflito da mãe e no impotente  silêncio do filho. Sua mãe  não conhecia  as letras, e, mais uma vez viveu  este constrangimento..." para que?", "vivi até hoje sem isso!" A comida para quem tem braços, não  há de faltar! Senti a dor daquela mulher! A escrita é  a minha voz! Se a vida me emudecesse? Se não pudesse usar a palavra para gritar escrevendo? Senti isso faz pouco tempo -  a visão falhou. Lutei e luto para manter esse grito. É o que me motiva abrir  os olhos e cuidar da minha filha.  Ler e escrever é como se viver em outra história. Aí, se admite o sonho, construir e caminhar.

sábado, 22 de junho de 2024

Fé demolida

  
       https://drive.google.com/file/d/1gr0SZ-j0CvSLk5c3sMm70074u4bbTAYW/view?usp=drivesdk


 Ao ler 54 anos depois o acontecido  em São João del-Rei, com a antiga igreja Senhor Bom Jesus de Matosinhos, penso mais um pouco  sobre o que é feito com da fé popular. Piedosos devotos arrastam pesados andores com sua fé  e, não obstante um líder religioso dispõe da fé por estar envelhecida, démod, pequena diante da megalomania deste.

Triste ver dos fiéis, a fé.   Vivem prometendo mais louvores ao que, de coração  devem. Vestindo o que de melhor tem, esmolando o que não possuem.

Nada é sacrifício, nada é  distante, penoso não  é, tudo pela fé. 

Os que de finos trages se ostentam, nos brilhos se escondem e ameaçam com o mal, devem nas suas culpas, por fazer  pouco da devotada fé, se consumir quando vemos estas  imagens.

quarta-feira, 19 de junho de 2024

Cadê

 

https://images.app.goo.gl/zGH4WMoERdaC94bU9

Coisa ruim o que estou sentindo 

Um vazio de alguma coisa que não  se fez

No início  só  sonho e promessa

Corações  moleques, cuidando  para não  ferir

Vivíamos  no sonho, no soslaio na fresta

E como sonhamos...

Banhos preguiçosos, gemidos partilhados e nosso descanso realizado!

Hoje te busquei  misto de lembrança

Misto de angústia  por sonhar sozinho adiante

Busco pedaços de sua presença nas flores 

Que  me deste e que gostavas

No chocolate namorado,

Segredado

Só  comigo compartilhado

Fecho os olhos, comigo estás 

Sorrio tímida por que  talvez não  te veja mais.

segunda-feira, 3 de junho de 2024

João – inocente – crioulo – escravo

                                                                Arquivo Museu Nacional

 Mesmo na fonte, esta pessoa poderia não se tratar da mesma procurada.  No entanto a descrição me fez lembrar um Seminário que assisti. Nele vários artigos apresentados tratam do infortúnio dos escravizados, das violências  sofridas de seus senhores. Creio que seriam assim identificados" Esperança, Carolina, Felizarda, Inocêncio" e muitos tantos que viveram a desventura de nascerem negros e escravos, herdando a infeliz condição. As mães, negras escravizadas vindas de além mar ou
aqui nascidas, não importando, o "defeito" estava na cor. A idade não fazia diferença! A septuagenária Felizarda, foi escravizada por duas vezes tendo a alforria no batismo e lutava pela libertação dos filhos. Esperança sofreu  várias torturas pela proprietária até morrer pendurada no teto e amarrada pelos pés aos 15 anos aproximadamente. Inocêncio ainda pequeno conheceu a dor de ser estuprado até deformar seu corpo. Termino com o João  que viveu o fim da Escravidão e faleceu livre mas  nas consequências dos mesmos crimes dos outros. Morreu pobre, com pouco reconhecimento de seu talento. Faltaram-lhe oportunidades que foram negadas a sua cor. Oportunidades que faltaram para os "João" quando não obtiveram boa formação, boa alimentação, boa moradia, bom emprego. A conta cresce indefinidamente.  O defeito que condenou a eles continua sendo sentença de outros iguais e descendentes. Vocês conheceram seus bisavós?

Bom dia, DIA DA MULHER!

                   Arquivo pessoal  Bom dia! Levei um tempo em perceber a importância desse dia! Não  a data! A importância  por si mesma ve...