quarta-feira, 1 de maio de 2024

O avesso de todo dia

 





                           Internet

Todo dia ele faz tudo sempre igual,

Me invade como se continuasse o que já  fez

Acordo cedendo o talvez

Do prazer o amor ao invés

No almoço  engulo o arroz

Com o choro de protesto

A inocência me faz desistir da porta para nada.

A vida aponta o seguir.

Quem sabe o amor e o céu

Que somos? Esqueço o dia

O arroz, o protesto e me entrego ao sonho a dois

 Ao sono. Amanhã  tudo igual.

domingo, 28 de abril de 2024

Sonho o amanhã

 

                   https://images.app.goo.gl/yUW8qAMkRdSLk11m7

Tive pensando com meu botões, não  comunicaram para  minha mente  que o tempo passou. Que a agilidade da pouca idade escapou entre os dedos e meu sonho não  tem a mesma intensidade  de ontem. Tenho planos diversos, minha cabeça  não  para. Que bom! Deito sonhando  e acordo com outros tantos. Vivo assim! Amanheço  assim. Talvez a alegria do outro  dia, uma nova chance  que bebo com sofreguidão  de quem mata a sede. Ou o tempo  corre diante de mim. Preciso sonhar hoje  e continuar  construindo.

quarta-feira, 24 de abril de 2024

Turvou

 

                  https://images.app.goo.gl/FUTNbEGhh1QZf4dNA

Chorei por  dentro  ao constatar  que perdi  muito tempo  na vida. Aprendi  e deixei de aprender. Aí eu tinha 18 recém formada no secundário poucas opções  pois não  tive berço. Aos 23 casei com um sonho que não  era meu, mas que contrui com a vivência  que tive. Tornei-me mãe  atípica aprendiz. Nessa escola me reconstruir. Estudei, me 'desalienei'. Conheci o que nem fui apresentada. Quanto conhecimento  deixado para atrás! Nem me conhecia! O tempo é cruel e tem  seu relógio. Já  era 55 e eu a pouco descobri a escrita. Uma chuva  de manchas de sangue turvou minha janela. Um derrame não via nem caminhava onde meus pés levavam e onde o coração  queria ir. Sou luta por alma! Me adaptei! Mas tive a dimensão  da adaptação. A autonomia construída,  ganhou limites, condições  e um 'se' que decidia tudo. Mas sou eu! Me adapto com a alma que tenho...

Identificar-se

 

          
                         https://images.app.goo.gl/VKXw25Cg9taUqTxp9

Faz dias fiz uma publicação com algo que estava me incomodando " Parece que virou moda classificar de"identitárismo" levantar a voz sobre o que está machucando e sempre feriu? Sempre existiu! Se conformar é o acertado? Será que estão se aproveitando para mais uma fez salvar o "status quo"? A vítima é o algoz? Observe." Claro que continuei pensando sobre isso! Hoje assisti um vídeo que uma professora dizia do medo que os professores sentiam dos que se identicavam "identarios". Pensei mais! Muitas expressões que cresci usando ou ouvindo á minha volta hoje tenho consciência de que estavam estruturalmente erradas na sociedade! Seria isso uma ditadura? Passei a me observar e a me corrigir se escapavam. Ainda sobre o desabafo também pensei na sociedade que sempre usou da "liberdade de expressão" para ferir ou não outrem. Penso que liberdade vale se não fere! Se não temos essa certeza nada impede de perguntar. Se mudando de posição, não há exagero na cobrança por um comportamento que precisa ser mudado mas levarão anos, gerações. Por que não começarmos agora?

quarta-feira, 17 de abril de 2024

O caminho

 

                    ĥttps://images.app.goo.gl/EUF82XS25bGgsUYK7

Hoje senti falta de alguém que caminhou na mesma estrada. O desafio nos unia! A dor também! Cada um com suas lágrimas. Nossa! E foram muitas! Seguiremos até o fim de nós! A busca é a certeza que teríamos  ajuda, nos levou a mesma porta. Em comum,  filhos, relacio namentos que nos deixaram no caminho, nos braços a inocência de vidas dependentes da nossa! Mais uma coisa, a certeza  de uma luta solitária  para terminar o dia. Escolhi meu caminho! Escolheu o seu! Me vejo acordada, um dia pela frente. Muita luta como sempre foi e nunca vai terminar.Apenas sei que tenho de lutar! Não sei de quem  caminhou pelo mesmo  caminho. Se é  feliz? Se a vida dependente caminha  sozinha? Não  sei que fim tomou. Sei que me lembro do último  abraço   Era seu aniversário,  adora aniversariar! Junho brota mais uma vez a vida e a gana de viver. E continua ou segue outra estrada! Sempre a escolha é  nossa!

sábado, 13 de abril de 2024

"Onde está o meu avô?"

     
                                   Arquivo  pessoal 
O moderno  e incompleto  1922.  A arte negra foi invisibilizada quando  artistas de renome nacional assumiram o protagonismo da Semana de Arte Moderna  em 1922. 
                                          Arquivo pessoal 
Merecido o reconhecimento  da importância  do  "Aleijadinho" , negro escultor o reconhecimento  pelo  Barroco Nacional e não  uma imitação  do movimento  internacional.  Pena que junto dele não  louvou Lima Barreto, Chiquinha Gonzaga também  com o "defeito de cor", defeito  este que tinha peso maior que o talento que portavam.
                                            Arquivo pessoal 
Este são  alguns nomes que graçavam a sociedade resultante da monarquia e do escravismo. Se alegam ter encontrado o verdadeiro brasileiro talvez devessem imaginar que o povo tinha sua própria linguagem  artística que se revelava nas ruas no público que não  foi convidado  para o evento. Na profundidade do país descobriram manifestações  étnicas, culturais, religiosas que não  tinham vez nem passaram pela porta do Teatro Municipal de São Paulo. A Arte Nacional não  passou e continua sendo negligenciada como arte.
                          Arquivo pessoal 
A manifestação  artística  nacional foi a partir  22 notabilizada, pelo movimento,  o reconhecimento  do Barroco Nacional nas obras de Aleijadinho  e da projeção  mundial dos artistas  brasileiros. Hoje fazemos justiça  aos que de forma discriminatória não  estiveram presentes no evento  por não  serem convidados.

sexta-feira, 12 de abril de 2024

O avesso da cor

 

                         Arquivo próprio 

Sendo mais direta no título que Jeferson  Tenório  em seu "O Avesso da pele"de 2020, escancaro que o racismo  no país é uma prática tolerada e assumida pela a escravidão e exploração  do negro desde sua chegada ao país. Cito na publicação  da Revista do Instituto Histórico e Geográfico de São João del-Rei  no texto  "Um presente  repleto de passado" quando digo que se o racismo  não existisse na sociedade da época não  seria tolerado nas leis.

O STF acaba de aprovar legislação  sobre temas que refletem positivamente na vivência  dos negros. Quando trata da abordagem  policial e de que o Estado assume  a indenização  pelas vítimas  de bala perdida. Ora, investigando a fundo, vítimas  são pobres e na maioria  negra. As estatísticas  confirmam.

Triste perceber  que não  foi exagero  dizer que o racismo  nasceu com o país. Estão  iniciando estudos sobre isso, a verificar.

No livro de Jeferson Tenório as situações  vividas pelos  negros desde o ventre materno são  estampadas em diversos relatos e descrições do autor. Abatidas policiais que utilizam a negritude  como motivo. O pequeno  investimento  na Educação Pública  a faz pouco atraente  para o aluno e pesado o ato de ensinar  para o professor. Desde cedo  o jovem  é desmotivado a buscar melhores colocações, que são alcançadas pelas pessoas melhor aquinhoadas.

O pobre e o negro assumem  o posto de se tornar alvo para balas que sabem o alvo.  Retiram o sonho, o futuro, os planos para que só reste o crime. Quem não  sonha não  luta pela mudança do futuro. 

sábado, 6 de abril de 2024

Memórias de leite



https://images.app.goo.gl/cFhwgagHwDkLw2BSA

Início falando do meu sonho de gerar um filho. Sinceramente  não  sei se usar a expressão,gerar uma vida, definiria meu sentimento. Lendo " A mãe sem manto" caderno  PENSAR de 03 de fevereiro  de 2024, me deparei com diferentes  relatos sobre mães que me incentivou falar sobre o tema.

     Dentre as várias  vivências  que tive, ser mãe, sempre foi uma meta. Gosto do cuidado, de planejar  atividades que envolvam ensinar, acompanhar, partilhar progressos. Me faltava algo. Se fosse professora me sentiria realizada, mas faltava viver o parto. Aí vem a pergunta: e depois? Já vivia isso! Quando  casada,  sabia que dificilmente  levaria uma gravidez a termo, adotei. Dessa forma vivi a maternidade e todas as suas facetas. Carreguei um bebê,  busquei o leite, pediatra, jardim, escola. Fiz questão  de viver intensamente  reuniões, festas fotografei tudo.

     Sou mãe, me sinto mãe e não admito que isso seja questionado. Mas e sobre a definição? Será que na verdade  queria para minha vida esse lado da maternidade ou ainda sinto falta de gerar uma vida? O tempo traz novas prioridades. Eu me deixei viver com o roteiro  que recebi. Me tornei uma boa mãe, me dediquei a outros sonhos  pessoais entre eles o blog - um "diário,  um blocos de notas- que me dei. A leitura,  que se tornou hábito. O estudo, me pós-graduei enfim cultivei outros sonhos. além  de ser MÃE.

quarta-feira, 3 de abril de 2024

Cara do Brasil (Você é racista?)

                              Mia Couto

Jornais antigos pelo chão, pela enesima  vez, tanto arrumar para serem guardados. Parece que ainda não  será dessa… 

  A realidade  salta aos olhos, não  adianta fecha-los, dói como um estupro, você  não  foi  consultado, é invadido, dominado, sem ação! Pessoas que tem a pobreza como vida e além, veio ao mundo com a boca aberta da fome.

  Muitas das vezes  o por que das dificuldades do caminho está  na pele. Relatos sobre discriminação são  comuns. Alguns  sentem de uma forma  leve  com toda a violência  do ato.

Acabo de encontrar o exemplar que chamou minha  atenção.Minha atenção fixou em uma publicação, falava de um livro sobre Pixinguinha (Alfredo da Rocha Vianna Filho), músico completo. No encarte do Estado  de Minas do dia 24 de dezembro de 2022, o título  “Unanimidade Nacional”,  aproxima de ser redundante quem já que é olegítimo  representante da música popular brasileira  no século XX. O livro lançado, “Pixinguinha, um perfil biográfico” de André Diniz, faz parte de uma coleção sobre cultura carioca. 

   Ao olhar a bagunça de jornais no  chão  entendi o meu espanto -em jornais que cobriram o período de 2019 a 2024 apenas um fala sobre Pixinguinha! Mais estupefata ao perceber que eram poucos que a negritude  era estampada em meia página.      Sem dúvida,   se tratava de uma sumidade musical. De certo, sentiu em algum momento  o que vivem os negros cotidianamente. Contudo sucessos  no samba, na manchinha e no choro, um “chorão”, reconhecido nacionalmente, proporcionaram boa situação  financeira, bons contatos, raro para a maioria  negra.

   É recente  dois episódios  de estupro deixaram o mundo perplexo. Não  quer dizer que negros sofrem  racismo por serem acusados de um delito, pessoas são passíveis do erro,  devem receber a punição  pelo erro. Reparem que a situação  financeira não  impediu o ato, da mesma forma a alma não  tem cor.

Muito precisa ser feito pois a humanidade não  tornou-se civilizada ao longo do tempo, outrossim desenvolveu  formas de separar os iguais.

sexta-feira, 29 de março de 2024

Resto do copo


                           Internet

Um amigo numa visita comentou que deveria escrever sobre variados temas.

      Se avizinha o aniversário  de 60 anos do dia que nos causa vergonha por que sabemos do pesadelo desse período e que os desinformados e portadores de desvio de  caráter comemoram. Preciso me guarnecer de mais informação para fundamentar um artigo  sobre o assunto. Como detenho uma cadeira em  instituição ligada á Cultura, o texto que dá base á reflexão é relativo à um músico. O texto traz o relato sobre documento do Serviço  Nacional de Informações  (SNI), sobre um álbum  de Milton Nascimento.

Ao  lançar o disco, o músico  comprou uma briga com o ditador da vez “ Emílio Garrastazu Médice”, pois tratava de tema  nevrálgico  do sistema político  da época (sempre).

        Mesmo “atenuadas” por uma versão instrumental das músicas, a sociedade, sentiu na pele, o que não  foi vocalizado.

A Cultura, como forma de expressão  popular sempre teve seus meios observados. O músico  figurou nos relatórios da instituição desde 1968 por participar de show tido como “subversivo”. Na verdade, bastava falar de direitos era carimbada a “pecha”.

       Na Reportagem  Especial, ”Afasta de mim esse cálice”, de Gabriel de Sá do dia 9 de junho de 2023 no jornal Estado de Minas, sobre os 50 anos do disco

“Milagre dos peixes”.

        O Resto do copo, é uma reflexão sobre aquele tempo e o atual. Muitas respostas que não foram dadas, muitas atitudes que foram relegadas, muitas injustiças  silenciadas. Nos perguntamos, muitos erros de hoje não  são reflexos da falta de solução  jogada no esquecimento? Pessoas se supondo heróis por marcharem, quebraram, destruíram o que é de todos? Que civilidade é essa? Se discordam, devem morrer? Tenho reservas à obediência  sem questionamento. Antes de tudo o todo deve prevalecer. Não  há o que relembrar  nessa triste data de fim de março. O que deve ser remomorado é a dor dos que se rebelaram, a memória dos que foram calados, o respeito e a reverência  dos  que agora têm voz e lugar de homenagear.

quarta-feira, 6 de março de 2024

Cadeira 33/ Mulher

 

https://images.app.goo.gl/hjNYDzyY4PqnZYbM6

 A semana iniciou bem! Uma mulher obteve  a Cadeira 33 da instituição Instituto Histórico e Geográfico de São João del-Rei. A Cadeira Perpétua e Vitalícia de Geraldo Guimarães,   o Abade. Também,  não  fui primeira a me tornar Sócia Efetiva  da instituição.  Chamo atenção  para o fato de uma Mulher estar assumindo a Cadeira cujo o Patrono seja um Homem. Per si, não  vejo nenhum impedimento nessa substituição. Merecimento ou atos que honrem, independem de gênero. Mas nesse início da Semana da Mulher, e nessa sexta- feira, 08 de março, comemoramos o Dia Mundial da Mulher.

Com com este acontecimento  de domingo, dia 03 de março de 2024, tenho marcado o acontecido,  pois a anos atrás, tive provada pela vida, ser mãe, mulher e gestora ao mesmo tempo. A deficiência de uma filha, a maternidade de duas, a responsabilidade  por todas elas,deu espaço  à gestora. Fácil? Não! Sigo aprendendo. Vitórias, muitas.  Vislumbrei onde nunca sonhei! Meus pais, lembro-me dos agradecimentos  de domingo, não  sonharam o que aconteceu  para  mim. Um amigo, disse que sonharam sim! Creio que sonharam um futuro de promissão para todos os filhos! Mas sendo pobres, não herdeiros descendentes  de negros e indígenas, o futuro não  prometia muito. Nem por isso deixaram de fazer o melhor! Como os meus antecessores  negros e indígenas,  tentaram passar suas influências a consciência que em mim sobrevivem e lutam para redescobrir e honrar. Mulheres Fortes e Guerreiras,

que a aprendiz homenageia dia 08 de março de 2024. Mulher.

 



O avesso de todo dia

                             Internet Todo dia ele faz tudo sempre igual, Me invade como se continuasse o que já  fez Acordo cedendo o talve...