quinta-feira, 6 de abril de 2023

Em mim, levo

 

                          https://www.passagenspromo.com.br/blog/bagagem/

Tempo passando! Corro atrás do que falta. De repente  percebo o que ainda me cabe nos olhos. É o que levo. Assim  garanto  o que amo.

Ontem, duas crianças se abraçando. Mal davam conta do abraço. Sentiam a imensidão  dele. Estavam lá! Outras quatro, não  mais. Alguém  decidiu que não. 

Antes achava que a morte pertencia a cada um, a sua. Mas não, depende  também dos outros. De quem  te ama. De quem te desconhece, de quem  te deixa viver. 

Não levamos nada. Apenas o que  nos faz feliz.  O prazer de deliciar uma comida. O sorriso roubado, uma cena, o prazer da leitura, o derramar da escrita.

 Vou eternizando a vida, pelo menos para mim. Não vai ter  ouro,  nem células, nem cofre, nem medo do ladrão.  Levarei em mim mesma. Eas riquezas no coração. 

  Não  sei o que vem. Nem quanto  tempo tenho. Aproveito o que ainda me cabe nos olhos para ver e em letras falar. Até  meu olhar apagar.

domingo, 2 de abril de 2023

Recontando nossa história


                              Arquivo pessoal 

Por ter o futuro sequestrado, o corpo em "peça" transformado;  

nessa terra fomos com descuido fincados. 

Mas o tempo  que vinga a semente,

 eclode o broto, e suga da mãe a seiva, 

fez da negra planta, do chão da enxertado a vida.

Resistiu, sobreviveu, se criou.

De migalhas renasceu. 

Da vida resiliência aprendeu. 

Inúmeras  batalhas travou pois o caminho  não  escolheu. 

Se brilhou, não  seguiu o script,

A intenção  era com sua seiva alimentar  o chão.

"Negro não  aprende", 

Sua função é a força do braço, o serviço  no brilho do chão. 

O negro conheceu  as letras por intrusão. 

Para desespero  da casa grande, leu mais que o vilão!

Se nem "humano" era, não decidiu  os rumos da nação.

Seguiu comendo restos, limpando  o chão.

Dignidade era servir o agora patrão.

Unindo letras, vencendo  a fome, fugindo  da bala, do genocídio sobreviveu.

Uma fresta, a cota lhe abriu o portão. 

 Não  era o céu,  só  o paraíso  lhe  incluindo na imensidão. 

A imagem,  não  era ilusão, sua imagem várias, na Governamental constelação.

Humanos Direitos nós  temos, Raça Igual elevamos e alturas alçamos. 

Vemo-nos na propaganda,  na revista, no banner. Espaços  antes enxergados do chão.

Doutor ficou colorido e com pompa, por vezes plumado. 

Joias de contas ostentando, o Orixá sem medo reverenciado. 

Antes ainda, "gente" tornado.

sábado, 1 de abril de 2023

Eu vou - nós vamos

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No amanhecer da vida, a estrada se abre larga, livre e plana. Se as possibilidades  nos são  dadas, nosso caminhar ou corrida ou observação  do caminho  é  descomplicada e porque  não - prazerosa. Mais se as possibilidades  antes, conquistas do caminho torna-se uma trilha onde a vida é uma competição de sobrevivência. 
Mas chega  uma fase que não  importa  se você  quer, importa se você  busca, se você  pode buscar, se você tem quem  traga, se você  pode pagar  o que busca e se pode pagar ajuda.  Isso é a vida e o provável  fim dela. Pode também  caber a outrem se você  necessita  da sua busca.
Chegar nesse ponto  podemos descobrir que  o caminho,  seja  qual for, nos leva a descobrir  que  nunca se tratou do "meu"  mas do nosso!

COLCHA DA VÓ MARIA

Colcha da da Vó Maria DNA parte 2 Somostodos parte de uma Colcha tecida e vivida ao longo dos séculos! O tecelão caprichoso junta Cores, te...