terça-feira, 29 de outubro de 2024

Lenheiro

            Internet 



Do imenso eu

Broto folhinhas e cores

Segredo  vidas, muitas.

Gritos e sussuros,

Ao longo dos tempos. 

Paredes altivas, buscam o céu,

Em mim

Caçam o alimento 

Riscam o abrigo com suas vitórias!


Choveu ontem,

Esturricou o chão hoje,

Nem sei desde quando,  mas foi!

Gritei do fundo das betas 

No açoite das pobres almas.

Me desnudaram,

Me revolviam,

Me molhavam.

E novamente, brotava

Explodia a vida, e os vales floriam,

Em cachoeiras  vivia,

Peixes, aves, sementes, me cobria.


Feliz, alimentei em mim a criação!

E veio o fogo, tudo que guardava ardeu...

Chorou, sofreu

Silêncio!


-Volta pássaro.

- Semeia o chão!

Estrondo me percorre

Me rasga,

Me machuca,

Espanta a ave.


Tímida, seminua

Tento me cobrir.

Ser abrigo, ser algazarra,

 Ser!


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