A política externa do Brasil principalmente após o Barão do Rio Branco pautou-se em fincar marcos de autonomia em relação à potência hegemônica fosse buscada ora em posições independentes, ora de não posicionamento em questões sabidamente nevrálgicas. Também buscou-se, em certo momento, alguma liberdade financeira e com isso passos foram dados na melhor representação e influência do país e , por que não, participação em acordos importantes para o equilíbrio das forças mundiais.
O Bolsonaro e seu Chanceler Ernesto Araújo, mudou o posicionamento do Brasil tornando-se assumidamente alinhado não só com o governo americano, o que não foi surpresa por ter acontecido em outras épocas, mas um comportamento ‘quase servil’ diante do presidente estadunidense, o que provocou situações no mínimo embaraçosas. O total alinhamento com o pensamento “Trumpista” fez com que tratasse com hostilidade o governo Chinês, esquecendo-se que a China é o maior parceiro comercial brasileiro. Em outro ato, não reconheceu a vitória do atual presidente eleito Biden. O afastamento chinês pode atrapalhar as exportações para esse país. Além de ser a China que desenvolveu uma das vacinas contra o Covid-19 e no Brasil, devido a sua extensão e tamanho populacional serão necessários mais tipos de vacinas. O não alinhamento com o atual presidente americano e o não alinhamento em muitas atitudes do novo governo podem resultar em “má vontade” para atender pedidos de ajuda, ou até mesmo (já está acontecendo) a revisão de acordos firmados entre Trump e Bolsonaro.
Como em briga entre alunos do 5º Ano, o Bolsonaro escolheu ser a sombra de Trump supondo que levaria vantagens tendo essa proteção. Enganou-se. A soberania popular americana não apoiou a reeleição de Trump. Bolsonaro ficou sem “O Grande Irmão” e agora vê sumir o apoio popular. Triste ver brasileiros encarando a miséria e morrendo por bravatas…
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