Links compartilhados no grupo para reforço do nosso aprendizado. E como tem sido proveitoso este aprendizado! Não só pelo estudo de personagens históricos, mas trazendo para a contemporaneidade. Como afirmo no artigo “Nosso presente está lotado de passado”
Temas mal resolvidos e encarados do passado, cobram seu preço na nossa realidade. Muito precisa ser feito e resolvido. Na lei 10.639/ 2009, diz no seu parágrafo primeiro : “artigo incluirá o estudo da História da África e dos Africanos, a luta dos negros no Brasil, a cultura negra brasileira e o negro na formação da sociedade nacional, resgatando a contribuição do povo negro nas áreas social, econômica e política pertinentes à História do Brasil.” Considerando que é uma Lei de 2009, somos ainda analfabetos nesse aprendizado. A cultura negra ainda continua silenciada. Onde está o reconhecimento da contribuição do negro na formação da sociedade brasileira?
Em todos os aspectos da sociedade brasileira somos assombrados com o racismo que arreganha os dentes quando tem espaço. Crimes que envolvam a pele negra, são minimizados como se estes crimes fossem autorizados e já fossem permitidos se o alvo fosse de cor negra. “Ah, não é bem assim! “ Veremos se é um exagero. Estatísticas lhe parecem confiáveis?
Uma manchete: Anuário: Letalidade policial é recorde no
país; negros são 78% dos mortos... <https://noticias.uol.com.br/cotidiano/ultimas-noticias/2021/07/15/letalidade-policial-e-a-mais-alta-da-historia-negros-sao-78-dos-mortos.htm>
Com um olhar mais atento a
comprovação da realidade estatística, faz a omissão dos serviços públicos como
o saneamento básico, rede escolar, atendimento de saúde e a segurança de forma
reversa, não desempenha seu papel de assegurar a proteção do bem maior que é a
própria vida. Ao contrário a munição
comprada pelo dinheiro público encontra como alvo os moradores destes CEPs.
A população pobre
e mal atendida, constrói com seus parcos recursos seus barracos improvisados
como sua própria vida, não poupam, nunca sobra do prato de comida.
” Que não reserva por que não sobra!
Se tem almoço, sacrifica o
jantar
Se come hoje, o futuro, Deus
provê.”
Essa é a rotina. Poucos são
distintamente brancos, o que deixa claro que mesmo estes são prejudicados pela omissão
destes serviços. Quem reside em CEPs mais bem atendidos pelos serviços
públicos, o racismo campeia também nestes ambientes.
Um
militar branco, atirou em um vizinho
negro por que lhe pareceu suspeito por usar mochila...Estereótipo? Uma imagem
associada à bandidagem? Com arma na mão facilitada, atira primeiro depois
confere! Quando desumanizamos a vítima? Onde está escrito que uma cor de pele
vale menos?
Uma
família foge de um país destroçado por uma guerra civil, tenta a vida em outro
país – o Brasil. Um país onde existe a
“Democracia racial” – famosa, mas ‘fake’! Nem os brasileiros acreditam nisso!
Em duas canetadas, destruíram previdência
e direitos trabalhistas. A escravidão já mostra sua cara suja. Come, se
trabalhar e nunca aposentar. Trabalhou, não recebeu, cobrou e morreu! Assim
negocia direto com o patrão: “um prato de angu e um porrete”. Parece justo?
A
população não achou! Talvez tenham se visto no espelho quebrado. Não são
brancos, são caçados, são humilhados em suas necessidades, em suas identidades.
Eu já tive meu cabelo esticado para parecer domado e mais parecido com o padrão
branco de beleza. Dói! Mechas são arrancadas, muito choro e alguns safanões!
Será que vale?
São
tantos erros, tantos descaminhos, tanto sofrimento que chegamos a um ponto de
acontecimentos, que fica difícil negar o racismo e a xenofobia que não só
atinge imigrantes de outros países e em relação com emigrantes nordestinos,
nortistas e qualquer um que não tenha
nascido no sul e no sudeste sofre com a ‘xenofobia’ local. O menosprezo pelo diferente
ganha corpo nestes lugares. Quando a criação
de cotas temos um direcionamento para
correção de rota e assim tentar corrigir muitas injustiças e desigualdades seculares. Nada mais justo privilegiar aos que desde sempre não têm
acesso a formação superior e portanto, poucas oportunidades de crescimento
financeiro.
O
que não podemos negar é que o racismo e xenofobia estão presentes desde sempre
que existe um encantamento pelo sobrenome europeu ou norte-americano. Nossa
cultura valoriza o que é de fora e que lembra os colonizadores, que sempre
exploraram o povo. Pessoas que têm uma visão eugenista, que não respeitam a
diversidade fenótipca e cultural do nosso povo.
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