sexta-feira, 2 de setembro de 2022

Ser mulher (Tebet)


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Escrevi anos atrás um poema  com esse título. Está no Recanto de Letras. Nele, fiz em verso minha visão do que seria ser mulher naquela  época. Dizia que colaborávamos com os planos divinos, que acalentávamos a humanidade, do carinho e amor  que somos capazes de sentir, da eficiência que nos é peculiar  quando o tema é  nosso foco, do poder de transformar situações. O lado cor-de-rosa de ser mulher.

No o artigo  do Tiago  Amparo sobre a senadora Simone Tebet, o autor discorre sobre o debate presidencial, no qual ela sem dúvida, se saiu bem e se tornou  objeto de  sonho do poder por juntar  todas as virtudes de mulher. Mas de que mulher falamos?

Depende  do prisma que  olhamos. Quando  escrevi o poema, tinha  uma visão “romantizada” do lugar  da mulher  no mundo. Isso  dá a visão da Tebet  no mundo, que no máximo  que eu posso idealizar. Sou pobre, tive uma vida confortável até  certa parte de minha  vida, mas depois do divórcio, comecei a ter contato com a minha verdadeira  realidade: pobre, mulher, negra, mãe de deficiente. A visão  romântica  da vida se desfaz na primeira dificuldade que  a mulher  tem. Nessa hora  se torna  uma leoa na defesa  da prole. Os filhos, as necessidades deles, nos moldam. Quando isso  acontece  nos transformamos em guerreiras. Sem esquecer, temos  a humanidade  como irmã.

A senadora, agiu como uma feminista, mas não  como uma mulher – não a que dorme  de madrugada e levanta na mesma hora para trabalhar no primeiro turno de trabalho, tenta engolir  o almoço  para pegar o segundo turno de trabalho e vai para a casa( se tiver)  assumir o terceiro turno de trabalho.   Tempo para ela? Dorme com o resto de  creme no cabelo, se tiver o creme. Banho de 5 minutos,  no intervalo de uma tarefa ou outra.

Muitas vezes  a contribuição  masculina  é na alimentação, e na divisão  das contas. Nem imagina  a vida, a história  da senadora. Mas como mulher vê a fala em defesa  da jornalista. Na pouca ou nenhuma educação que a vida lhe propiciou, encontra um discurso  que parece o seu. 

Tebet representa aquela mulher que foi criada como  unha princesa  que sempre  teve tudo em tempo e na hora. Filha de um deputado conservador, entrou na política. É senadora, que teve todas oportunidades  que ser rica, branca além de poder utilizar todas as qualidades  de ser mulher sem ser  limitada. 

Realmente, igual a outra!


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