sexta-feira, 29 de março de 2024

Resto do copo


                           Internet

Um amigo numa visita comentou que deveria escrever sobre variados temas.

      Se avizinha o aniversário  de 60 anos do dia que nos causa vergonha por que sabemos do pesadelo desse período e que os desinformados e portadores de desvio de  caráter comemoram. Preciso me guarnecer de mais informação para fundamentar um artigo  sobre o assunto. Como detenho uma cadeira em  instituição ligada á Cultura, o texto que dá base á reflexão é relativo à um músico. O texto traz o relato sobre documento do Serviço  Nacional de Informações  (SNI), sobre um álbum  de Milton Nascimento.

Ao  lançar o disco, o músico  comprou uma briga com o ditador da vez “ Emílio Garrastazu Médice”, pois tratava de tema  nevrálgico  do sistema político  da época (sempre).

        Mesmo “atenuadas” por uma versão instrumental das músicas, a sociedade, sentiu na pele, o que não  foi vocalizado.

A Cultura, como forma de expressão  popular sempre teve seus meios observados. O músico  figurou nos relatórios da instituição desde 1968 por participar de show tido como “subversivo”. Na verdade, bastava falar de direitos era carimbada a “pecha”.

       Na Reportagem  Especial, ”Afasta de mim esse cálice”, de Gabriel de Sá do dia 9 de junho de 2023 no jornal Estado de Minas, sobre os 50 anos do disco

“Milagre dos peixes”.

        O Resto do copo, é uma reflexão sobre aquele tempo e o atual. Muitas respostas que não foram dadas, muitas atitudes que foram relegadas, muitas injustiças  silenciadas. Nos perguntamos, muitos erros de hoje não  são reflexos da falta de solução  jogada no esquecimento? Pessoas se supondo heróis por marcharem, quebraram, destruíram o que é de todos? Que civilidade é essa? Se discordam, devem morrer? Tenho reservas à obediência  sem questionamento. Antes de tudo o todo deve prevalecer. Não  há o que relembrar  nessa triste data de fim de março. O que deve ser remomorado é a dor dos que se rebelaram, a memória dos que foram calados, o respeito e a reverência  dos  que agora têm voz e lugar de homenagear.

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