domingo, 28 de fevereiro de 2021

O amanhã da pandemia no Brasil

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Não adianta imaginar o mundo como conhecemos no passado recente, dois, três anos atrás. Podemos sentir saudade da aparente normalidade. De tudo que parecia no lugar, uma sequência de mesmice que enganava alienados. Não! Não estava bom! Não estava certo! 

O choro conclusivo da humanidade, incomodava a quem tinha ouvidos para ouvir mas não aos que exploravam e saqueavam! 

Quando esse lamento chegou ao ouvido da Mãe Terra ela reagiu e, como tal, ela a educou. Educa os filhos que não entendem que a "dispensa" não é infinita. Não devemos desperdiçar. Para não desperdiçar devemos aprender a partilhar.

O homem polui, desmata, destrói pelo insensato prazer de ter. Não vê que suga além de suas necessidades, para acumular o que não vai comer e deixa famintos na sua trilha. 

Aí alguém diz que é mais sensato ter parcimônia no gastar e fraternidade no partilhar para que todos tenham o suficiente. Comunista. Se ser comunista é ter empatia com o outro, eu sou. Me recuso a desistir do resto de humanidade que ainda existe.

Mas nem sempre fui assim! Cheguei a eleger Fernando Collor, Fernando Henrique Cardoso e votei no José Serra e no Aécio Neves e em 2018 no Fernando Haddad! Uma guinada de 180°. Tenho uma característica que não é muito comum nos brasileiros, lembrar do meu voto na eleição. Talvez seja  por que tenho uma memória prodigiosa em vários aspectos, porém não a utilizava quando o quesito era política. Uma pena! Se fizesse isso não teria votado em quatro desses políticos.

 Collor, “o filhote da ditadura", como dizia Leonel Brizola, foi "impeachmado" com toda sua pose de “coronelão das Alagoas” e “caçador de marajás”, que continuaram todos aí. Fernando Henrique, “o príncipe",  com sua fleuma e misancene, tem ‘uma Vale’ de lama na sua imagem e uma vergonhosa campanha para a sua reeleição comprada e financiada  pelos seus patrões - os bancos.

José Serra esteve à frente do programa dos remédios genéricos, não conhecia como político, o que evidencia minha alienação em relação à política. Como nos dois primeiros, me deixei levar pela campanha de "fake news" da época, Globo e similares. Já aí, não foram só as mentiras que influenciaram na eleição mas, a batalha era contra a “temida Esquerda”. O coração disparava! Até nas igrejas diziam: o lado esquerdo não seria o lado “do bem”, afinal Jesus estava à “direita” do Pai. Percebem como o nosso inconsciente é trabalhado? 

Mas essa  de esquerda e direita, a Revolução Francesa explica…(pobres de um lado, ricos do outro, e os dois derrubando o autoritarismo).Daí o capitalismo escancarou graças aos ricos e sua ambição,  aumentando a exploração dos pobres e a destruição da natureza.

Voltando aos nomes “presidenciáveis”, Aécio Neves não é só herdeiro de uma das mais abastadas famílias mineiras quiçá do Brasil, neto de Tancredo Neves, eleito presidente na transição do regime militar para o civil. Aécio, como um garoto mimado, questionou a eleição de 2014.Todas as consequências desse comportamento irresponsável colocaram o Brasil nesse caminho rumo ao fundo do poço. Hoje, usa seu poder para que vários indícios de corrupção e tramoias não lhe respinguem mais. Saiu do palanque e, mesmo com mandato, permanece nas sombras da Câmara dos Deputados. Alguém tem notícia dele?  Muitos interesses envolvidos mostram que nenhum desses atores, sozinhos, ocasionaram todo esse “inferno astral” brasileiro - mas deram um "empurrãozinho''.

Hoje, temos na presidência, alguém que apesar de se chamar Messias, tem um séquito que fede enxofre, e cumprem com disciplina militar, todos os desmandos do líder. Ajudam a disfarçar, que estão cumprindo a missão de matar; enquanto comem caviar  e bebem champanhe. 

O choro da mãe Terra  se mistura ao luto desse povo infeliz, que ao não aprender com os erros, volta e meia põe fraudes no poder. Acertou o rumo por quatro vezes, quando se esqueceu do que os púlpitos disseram, e o que as TVs, ganharam bem para incriminar.

Temos um amanhã difícil pela frente, muita dor e perda no caminho. Seguimos sim. porque nosso passado foi massacrado pela escravidão, exterminado com os índios e apesar desses infames, existimos, resistimos e lutamos, vamos salvar nossa Mãe da ganância que insiste controlar nosso pensar e temos um Brasil Gigante para ressuscitar do Covid.


quinta-feira, 25 de fevereiro de 2021

Soberania Insubmissa

 


   https://m.facebook.com/Conversa.Afiada.Oficial/posts/2793520227341487/?refsrc=https%3A%2F%2Fm.facebook.com%2FConversa.Afiada.Oficial%2Fposts%2Fbolsonaro-vai-sair-na-avenida-com-a-coleira-trump-z%25C3%25A9-sim%25C3%25A3o%2F2793520227341487%2F&_rdr

  Parece uma redundância mas é intencional. A soberania de um país é confirmada em atitudes que demonstram apreço pelo bem público e às gerações que nos antecederam e conquistaram com lutas ou em consenso.

 O ano de 2020 foi marcado pela pandemia do Covid-19. Um vírus que tem sua disseminação muito agressiva e de alta letalidade. Nenhum país estava preparado para esse desafio, apenas os que investiam em pesquisa, o que seria o caso do Brasil.
  Todos foram atingidos fortemente, porém países que têm sua soberania bem apoiada em pilares que não deixam brechas para a manipulação por interesses externos, reagiram ao desafio seguindo as orientações da OMS (Organização Mundial da Saúde), buscaram estratégias de enfrentamento, tanto governamental como informaram a população sobre a pandemia e sobre a melhor forma de enfrentamento.
  A Nova Zelândia se destacou tendo um reduzido número de casos. Na França , depois de alguma resistência da população, conseguiram fazer o lockdown. Outros demoraram compreender a gravidade do problema e, mesmo tendo modificado o seu comportamento, enfrentaram repiques da doença, com o agravamento dos casos. Com esse reconhecimento conseguiram estabilizar o número de óbitos.
  Infelizmente não é o caso do Brasil, que desde o início adotou uma postura negacionista e anti ciência, postura também adotada no início da pandemia por Trump, presidente norte americano. Pressionado pelo elevado número de óbitos nos EUA, mudou sua postura mas não adiantou. Trump perdeu a eleição para Joe Biden que teve posições mais responsáveis diante do problema sanitário.
  Na América latina, os hermanos têm enfrentado a pandemia com poucos recursos, porém tomando atitudes firmes para enfrentar e proteger sua população. Compraram vacinas e alguns já vacinaram e outros já fazem campanha de vacinação. Pois já compraram as doses necessárias.
   Já o Brasil, amarga mais de 200  mil mortes que poderiam ter sido evitadas. Nesse contexto reflito sobre Soberania Insubmissa - o Brasil é um país de terceiro mundo, e como tal se sua soberania fosse exercida, teria postura mais comprometida e nacionalista perante o mundo na busca do desenvolvimento de sua própria vacina, pois temos pesquisadores e laboratórios de ponta e não estaria lavando as mãos diante de tantas mortes. Também a omissão diante da situação da volta da fome como mais um agravante das desigualdades sociais, condenando mais uma geração à educação sem qualidade por que muitas crianças não têm acesso à Internet, outras que só se alimentam na escola. Os pais desempregados, e o governo federal cruza os braços adiante da calamidade social em curso pela falta do Auxílio Emergencial. A vacina não tem sido provida com a devida seriedade. E esse governo genocida combina omissão, desumanidade, falta de empatia, irresponsabilidade e incompetência para transformar em inferno a existência da população pobre! Se esse é o messias, não queremos conhecer o anjo caído. Seremos ateus.

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2021

Soberania, o que é?

Quem sabe, uma porção de terra? Um ajuntamento de pessoas? Uma bandeira, um hino e cores como num time de futebol? Pessoas assistindo o hasteamento de uma bandeira, com a mão no peito apaixonado e olhos vazios de sentimento? Nenhuma das opções! Os personagens do exemplo, seguem a vida após a vitória ou a derrota. Não influi na fila do pão! Porém se tem pão, se as pessoas podem comprar o pão, se os primeiros levam o pão e o queijo e recebem o troco ; e à medida que a fila anda diminui o troco e o pão e os últimos catam farelos no chão e voltam para a casa de mãos vazias, a soberania tem tudo a ver. Um país que não garante que todos tenham as suas necessidades básicas atendidas, já abriu mão da sua soberania e é uma filial dos interesses de um país mais forte. Soberania tem um país com forças militares capazes de coagir e, se necessário, impor respeito e defender suas fronteiras da invasão de outros, é economicamente independente, sendo capaz de resolver as demandas internas da população de saúde, educação, trabalho e moradia. Um país que vive ao sabor das intempéries externas e não age no sentido de prevenir para se defender dos interesses externos e não protege sua população desses interesses, deixando faltar o pão para a maioria dela, não é soberano. Houve uma época onde a soberania popular fazia o país soberano, mas para interesses externos, esse comportamento não interessava ao capital, que tratou de dividir para vencer. Tomou de assalto a bandeira e a cor, deixando o país sem identidade. Se a soberania vem do povo e o povo faz o país soberano, tomemos novamente as rédeas, por que se continuarmos nesse caminho venderão até esse chão que esqueceu de ser nação.

sábado, 20 de fevereiro de 2021

Globalização. Desenvolvimento?

À primeira vista a globalização é algo louvável que pressupõe um crescimento equânime. Para aqueles que se atém a um olhar superficial, passa a sensação de estarmos no bom caminho e avançando para o fim das desigualdades mundiais, porém em um olhar mais detido, a globalização tem contribuído para a manutenção e mesmo o aprofundamento dessas desigualdades. As benesses e o progresso continuam restritos a um pequeno grupo de países que não por acaso,são os mesmos desde o nascimento do capitalismo. Fica claro que a distribuição propiciada é de acúmulo de poder (capital) para uns poucos e os mesmos ;e de trabalho, pobreza e desigualdade para muitos. As desigualdades são internas em cada país pobre, por que se mantém neles a mesma casta de proprietários e poderosos locais. Essa casta, com violência e com métodos que permite que a população pobre e trabalhadora, fique ignorante e sem ter como esboçar uma reação contra essa ordem. Para tal, são desestimulados a investir em educação e pesquisa, para que sempre dependam financeira e intelectualmente dos países mais ricos. Pouco ou nada se diferenciando no tratamento mantido pelos colonizadores da América. Mantém uma mão de obra que vende seu trabalho em troca de migalhas que caem da mesa do banquete deles; e por falta de desenvolver o senso crítico, lambem a mão que bate. Vejo que temos um trabalho grande a ser feito. Precisamos despertar com atitudes o nacionalismo e o senso de soberania em nosso países e principalmente a fraternidade entre eles. Se unirmos nossas forças e combinarmos nossas ações,teremos uma América Latina forte e capaz de se defender dessas sanguessugas da humanidade. Não somos o único povo explorado do planeta. Se trabalharmos no sentido de esclarecer os outros povos sobre a exploração que se perpetua, teremos chances de reverter esse processo. Sejamos pequenos pontos de luz e juntos seremos Sol.

terça-feira, 16 de fevereiro de 2021

Pensando o social

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Desde o início o Brasil, que ainda não tinha esse nome, não foi pensado como um país e nem mesmo uma nação. Constituído por povos originários que tiveram suas terras invadidas. Invasão motivada pela extração de riquezas e tornou-se um dos “puxadinhos” da Coroa Portuguesa. Depois vieram os negros arrastados para cá dando início a vergonha da Escravidão Atlântica. Nesses últimos duzentos anos, foram estimuladas imigrações de europeus numa tentativa de “branquear” a população, estruturando oficialmente o racismo. Mais tarde, “venderam” uma falsa ”Democracia racial”. Com a Independência em 1822, torna-se um Império umbilicalmente ligado à Portugal e ainda sem senso de identidade, construído com muita luta entre pobres na sua maioria, a burguesia que se enxergava ainda como corte portuguesa e um império que não reconhecia a cidadania de grande parte da população. Pilares que não se sustentavam, o que as várias sedições comprovam. Se existiam desde então cidadãos de “segunda categoria”, para os quais direitos básicos como educação, alimentação, saúde, liberdade, terra, moradia, era grande a parcela dos “deserdados” dessa terra brasilis. Esses deserdados, continuaram a construir o Brasil que conhecemos, com “sangue, suor e lágrimas”(conheço essa expressão) é bem real. Pensar uma sociedade que tem a escravidão como pilar social e econômico em grande parte de sua gênese, explica as desigualdades em todos aspectos fundantes. A proteção social sempre esteve ligada ao assistencialismo, que coloca as classes abastadas na posição de “doadores beneméritos” para ostentar sua bondade diante de uma sociedade hipócrita. A partir da Constituição Federal de 1988, Constituição Cidadã, foram colocados termos de proteção social não vistos nas constituições anteriores e todas passaram a ter direito à cidadania como ter uma Certidão de Nascimento. E um arcabouço de leis possibilitaram a criação mais tarde do SUS, que unificou políticas de gestão da saúde universalizando-as para toda a população. Mas não evitou que usuários de saúde privada possam usar tratamentos no serviço público que são reconhecidamente de excelência em diversas especialidades e mesmo assim querem a privatização de um serviço que atende qualquer usuário. Dá para entender? Em nome de uma ‘privilégio’* por ter plano de saúde, aceitam pagar por um serviço gratuito, só para mostrar que podem pagar e verem os mais pobres implorando por ajuda às instituições filantrópicas. Trinta por cento dos brasileiros precisam ser estudados. 


*Um sociólogo me aconselhou mudar a palavra 'pose' por 'privilégio'

Para sustentar o desenvolvimento


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Há milhares de anos o homem habita a Terra e vem lutando pela sobrevivência. Porém a partir de certo ponto, começou a interferir na natureza para promover desenvolvimento. Na verdade não se buscou uma relação pacífica com a natureza como um bem comum, uma casa onde todos deveríamos cuidar para promover uma vivência integrada, compartilhando de seus recursos, tendo consciência de que não são infinitos. Uma corrida insana por acumulação de riqueza e poder, sugou e ainda suga, todo tipo de recursos da natureza sem pensar como será o futuro. Um consumo desenfreado provocado pelo ter e pelo descarte. Deixando de lado o olhar para a sobrevivência da espécie e do seu “habitat”, portanto, de toda a raça humana. A acumulação de poucos e detrimento de muitos, transforma o homem em uma ‘praga’, um ‘organismo’ que avança em seu hospedeiro para sugar vida e passar para outro… Não tem outro planeta. Enquanto as sanguessugas acumulam o que seria comum, as desigualdades se tornam evidentes e gritantes. Sabemos desse pensamento de ‘praga’ que há muito tempo governa a humanidade e da pequena parcela que hoje percebe isso. Porém, cientes disso e do nível do desenvolvimento tecnológico em alguns pontos do planeta, podemos dar início a um movimento de ‘reversão’ do que está posto, e da urgência dessa atitude. Atitude essa, que não mostrará seus efeitos agora, sendo que é o início de um caminhar. Esse caminhar começa dentro de nós mesmos. Uma reconstrução, uma ressignificação de tudo que nos foi ensinado desde o nascimento e como em um efeito de círculos concêntricos, aos poucos, revertamos os processos. A educação será a pedra que promoverá essa reação. Educação ecológica na escola aproximando os conceitos restritos à intelectualidade, à população, ligando-os ao seu cotidiano. Implantação da cultura de reciclar desde a primeira infância. Muito apoio à pesquisa. Para que, em paralelo com o desenvolvimento sustentado, condições dignas sejam criadas para que as desigualdades diminuam e que o futuro contemple a todos. Que o pensamento do homem em relação à natureza não seja mais parasitário, mas simbiótico, onde a importância do outro está no conviver. Parece utópico...não deixa de ser. Todas as grandes coisas foram inicialmente “sonhadas” por alguém. Por que não sonharmos coletivamente que podemos construir agora o que será?

sábado, 13 de fevereiro de 2021

Ruptura e Política Externa



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        A política externa do Brasil principalmente após o Barão do Rio Branco pautou-se em fincar marcos de autonomia em relação à potência hegemônica fosse buscada ora em posições independentes, ora de não posicionamento em questões sabidamente nevrálgicas. Também buscou-se, em certo momento, alguma liberdade financeira e com isso passos foram dados na melhor representação e influência do país e , por que não, participação em acordos  importantes para o equilíbrio das forças mundiais.

O Bolsonaro e seu Chanceler Ernesto Araújo, mudou o posicionamento do Brasil tornando-se assumidamente alinhado não só com o governo americano, o que não foi surpresa por ter acontecido em outras épocas, mas um comportamento ‘quase servil’ diante do presidente estadunidense, o que provocou situações  no mínimo embaraçosas. O total alinhamento com o pensamento “Trumpista” fez com que tratasse com hostilidade o governo Chinês, esquecendo-se que a China é o maior parceiro comercial brasileiro. Em outro ato, não reconheceu a vitória do atual presidente eleito Biden. O afastamento chinês pode atrapalhar as exportações para esse país. Além de ser a China que desenvolveu uma das vacinas contra o Covid-19 e no Brasil, devido a sua extensão  e tamanho populacional serão necessários mais tipos de vacinas. O não alinhamento com o atual presidente americano e o não alinhamento em muitas atitudes do novo governo podem resultar em “má vontade” para atender pedidos de ajuda, ou até mesmo (já está acontecendo) a revisão de acordos firmados entre Trump e Bolsonaro.

Como em briga entre alunos do 5º Ano, o Bolsonaro escolheu ser a sombra de Trump supondo que levaria vantagens tendo essa proteção. Enganou-se. A soberania popular americana não apoiou a reeleição de Trump. Bolsonaro ficou sem “O Grande Irmão” e agora vê sumir o apoio popular. Triste ver brasileiros encarando a miséria e morrendo por bravatas…


sexta-feira, 12 de fevereiro de 2021

Desindustrialização no Brasil nos anos 80

    

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Em dois momentos distintos o Brasil teve uma visão nacionalista  nas quais o sentimento de brasilidade, deu  alguns passos no sentido do desenvolvimento. Foi pensado como motivo da sua população se orgulhar. No segundo governo  Vargas, e mais recentemente nos governos petistas de Lula e Dilma Rousseff. Críticas em ambos momentos são plausíveis, mas o desenvolvimento econômico e de proteção trabalhistas no caso de Vargas e o desenvolvimento econômico e social visto nos governos petistas Deixaram, em épocas distintas a elite temerosa de perder os privilégios  mantidos com o povo com direitos reduzidos e dependente das migalhas que deixavam cair.

Não tardou para  os  avanços da Era Vargas; a criação de estatais que deram origem à Holdings que moveram  o desenvolvimento do país até mesmo  na ditadura militar. Apesar do desenvolvimento econômico a população foi mantida com o mínimo de ascensão social, basicamente rural. Quando a industrialização  aconteceu promoveu uma migração da população do campo para a cidade. Mantendo a desigualdade característica brasileira. A megalomania das parcelas de poder levou ao endividamento externo, que deu origem ao sucateamento das estatais que pararam de investir em pesquisa e em produção, para pagar juros da dívida. Sem as empresas que eram o carro chefe do crescimento, empresas menores fecharam e o desemprego passou a rondar as famílias brasileiras. 

As indústrias nacionais não conseguiam concorrer  com as internacionais no mercado interno e externo. O Desemprego  e a perda de Concorrência são  consequências da desindustrialização do país nos anos 80. Voltamos a ser dependentes de produtos manufaturados de outros países seria a outra consequência, que dificultou  os projetos econômicos e sociais que seriam  parte importante agora dos governos petistas. Com uma visão defendida pelo Presidente Lula que dizia que “ O pobre não é o problema, o pobre é a solução”, estabeleceu uma política econômica que tentou incluir os pobres na economia fazendo aumentar a circulação de dinheiro, as empresas também lucraram. Sempre a iniciativa pública construiu caminhos que são trilhados por todos. Engana-se quem pensa que a  iniciativa privada toma a frente em soluções para o bem comum, quando surgem os problemas, fecham as carteiras...

Na verdade, foi o trabalhismo nas poucas vezes que assumiu o poder, governou para os excluídos permitindo uma vida digna e aos abastados o crescimento de seu patrimônio. Merece estudo essa parcela da população que se alimenta no sadismo visceral e rejubila com a diferença e as desigualdades abissais que envergonham o país. Falsos cristãos que se sentem menos desimportantes quando atiram moedas para os miseráveis que criam.


Divisão Internacional do Trabalho

 


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O que no primeiro olhar, parece lógico para que diferenças sociais mundiais fossem dirimidas; foi apropriado pelo Imperialismo e seus representantes em cada época. Partindo da premissa que a riqueza fosse mantida nos mesmos países e, que para tanto, o poder econômico pudesse explorar de várias formas os países menos desenvolvidos. Seja  explorando reservas minerais, tendo prioridade na compra da produção agrícola, explorando a mão de obra barata,  usufruindo das condições climáticas desses países para a produção,  etc. O colonialismo continuou e continua mas não de forma escancarada como no século XIX, a forma de dominação foi mantida  dificultando que os países menos desenvolvidos, conseguissem sua autonomia. Usaram força ou se envolveram nos processos políticos internos deles, promovendo boicote à educação que é o caminho que leva ao desenvolvimento. 

Agindo assim, mantinham a mão de obra barata e pouco qualificada e os países eternos dependentes inclusive do pensamento colonizador. Os colonizados têm dificuldades de se pensarem independentes e soberanos. O capitalismo espalha assim suas raízes pelo mundo e pela força mantém o poder do opressor sobre os oprimidos. A Divisão internacional do Trabalho, é a Nova Escravidão.


quarta-feira, 10 de fevereiro de 2021

Necropolítica

 

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Com desigualdades gritantes, o Estado brasileiro desde sua constituição como tal, elegeu quem  seriam os cidadãos portadores de direitos: de vida, de privilégios, de justiça, de educação, de saúde, de ser ouvido. Para que uma ínfima parcela da população exercesse, por si só, o Capitalismo e a Democracia. A outra parte, apesar de maior, sempre pagou por isso. 

Essa grande parcela, os indesejáveis - pobres, negros, indígenas, LGBTQI +, deficientes, mulheres, idosos; são também os que podem morrer. Podem morrer, pois se tornaram números , sem alma. Por que não fazem parte da “raça pura branca”. Por que confrontam a moral hipócrita de falsos cristãos e de famílias que encobrem pais pedófilos. Por serem mulheres que não querem como marca a submissão. Idosos e deficientes, são considerados “pesos mortos” para o Capitalismo que põe valor em vidas pela riqueza que produzem. Da Democracia, essas pessoas só tomam conhecimento, quando os permitem votar, porém em quem se dispuser manter tudo como está.

Dessa forma vivemos a Necropolítica como forma de Programa Estatal. Aos sem título (social), sem sobrenomes conhecidos, negros, índios e mestiços a falta de educação, como política para a não ascenção social  deixa poucas portas abertas. Na sua maioria sobrevivem com subempregos, muitas vezes insalubres e pesados. Outros terminam cooptados pelo crime. Quando conseguem avançar na educação, encontram toda sorte de entraves para seu desenvolvimento profissional. É raro que alcancem alguma projeção social, contudo convivem com o racismo entranhado em todas as estruturas da sociedade.

São eles que engrossam as estatísticas de mortos pelo braço armado da sociedade. Esse braço armado ainda não se deu conta que executa o trabalho sujo dessa elite genocida, por que quando armados matam pobres, que podem ser seus vizinhos, e usam um alvo para que também sejam mortos e sejam mais um pobre que tombou… invariavelmente, um negro de farda  que sonhou colecionar estrelas, mas essas não virão. O “Comando” tem escrito “Negro não!” Da mesma forma que o “bacharelado” em Direito também parece um sonho distante. Magistratura, não combina! Aqui embaixo nos ensinam que existem modelos para cada profissão, não existem modelos negros em muitas delas. Estão dominadas por brancos. Todavia, os presídios estão cheios de negros e mestiços. Coincidência?

O racismo é a essência da sociedade brasileira. O racismo institucional, mantém inviável o ingresso e ascenção do negro. Essa estrutura racista e genocida da sociedade brasileira, criminaliza e mata a maioria dos brasileiros. Vivemos em uma “democracia” que não reconhece a população com igualdade. Uma Necropolítica Oficial. Um capitalismo que coloca 90% da população na mira de armas convencionais ou ideológicas, para júbilo dos fascistas daqui. 






sexta-feira, 5 de fevereiro de 2021

Falta


https://contraosagrotoxicos.org/wp-content/uploads/2018/11/37c6405e.jpg

Passadas 200 mil mortes, percebo que faz tempo que elas não nos mobilizam. Seja por COVID-19, seja "matada", seja de fome. O país desistiu do seu povo faz tempo! E hoje só vale o voto em quem outra vez não se importará. Vergonha disso aqui!


 Não bastasse o  ar que te falta

Falta a comida na mesa 

Falta o chão pra deitar

O céu para olhar...

Falta a mão pra segurar

Falta o cuidado do olhar

Falta alguém  além dos seus para contigo se preocupar

Falta farmácia onde o remédio comprar, dinheiro não há

Falta sorrisos que o dinheiro pode pagar

O mesmo dinheiro que nas coroas de flores

Não dirão a falta que não fará

Para esses a beleza das flores murchará. 

Muitos sem chão, sem pão e ninguém para segurar a mão, se vão

Vivendo a condenação, que torna garantida  a morte certeza da vida

Então porquê choro, o que cabe é a Indignação

De quem por galhofa do destino nasce com a mácula colorida e que a dor faz parte da vida

Que ao nascer desafia o script, vive irrompendo, vivendo

Mas com o alvo na testa.

Esse, se nascer - não vive, 

Se viver - não constrói, se construir - com lágrimas vai gastar.

Por quê? Te maldisseram a concepção.

Te jogaram nesse valão

Agora aduba esse chão,

E faz brotar a (Re)existência em nosso coração.


Mineiro que amo


  
                                                                     https://lar-natural.com.br/laradmin/uploads/2013/11/pao-de-queijo-mineiro-caseiro.jpg


Que fala: "Virgem" quando se "assusta"

- Falo Cruzes e putaquepariu de vez em quando

 - Esse também!

Você é a alma mineira, simples mas rica, saborosa sem frescura, temperada com um 'uai' aqui e ali.

Combina com as casas em azáfama

 Nas ruas em labirinto. 

Com calçamento que faz do caminhar mais uma das penitências.

 E dá-lhe fé!

Na lembrança a benção que ouviu quando criança.

Calça curta, palmada na bunda

Da fruta no pé, escalavrado de tanta traquinagem...

Capaz de sonhar junto, Romeu e Julieta

De versos, que mesmo não sendo seus

Vestem sua poesia

Singular das dores sentidas, das estradas percorridas, do olhar além.

Do apaixonar diário e confirmado na paisagem.

No badalar do sino o chamar para a oração.

O cheiro do café lá na cozinha

Do pecado da gula do pão-de-queijo...

"Virgem"- amo isso aqui


Bom dia, DIA DA MULHER!

                   Arquivo pessoal  Bom dia! Levei um tempo em perceber a importância desse dia! Não  a data! A importância  por si mesma ve...